quarta-feira, 15 de abril de 2009

Paixão Química - Música do Mocorongo para Maria Emília

A Flor enviou e-mail relatando ter encontrado o Mocorongo
(foi nosso "doutor", trancou matrícula em 83 quando foi morar na Califórnia, concluindo os estudos a duras penas, lutando com cálculo, físico-química e correlatos)
O danado gravou até um CD e a Flor pergunta se alguém se lembra da música para a Maria Emília - lá vai:

“Paixão Química”

Samba de breque de Mocorongo (1980 – 1984)
República Tipo Zero
(recuperado por Suspiro – colega de quarto e fã incondicional)

Começo de ano
A mestra se apresentou
Com o sermão de sempre
Mas tinha um jeito que não sei .....

Me apaixonei.


Fui levando o curso
Aquela boca, aqueles olhos
Aquelas pernas boas
Aquela fresta lá na mesa....

Ai que beleza.


Um dia na aula
Dei-lhe uma cutucada
Ela se tocou
Disse que eu era anormal....

Chamada oral.


H2SO4
Permanganato na cuca da gente
Essa mulher, veneno de serpente
Oxidando o meu coração.

Eu tive medo
Ela falou de um tal de cianeto
Ela me disse pra eu fazer segredo
Que um dia a gente ia se encontrar....

Lá no céu.

Eu boiei
Densidade inespecífica
Numa fórmula magnífica
Que se chama paixão.

SEGUNDA PARTE

Já tinha sarado
A bebida tinha me ajudado
Eu podia dizer que era um homem feliz.....

Cresce o nariz.


Começo de ano
Olha a surpresa que Deus fez
Minha mestra de química
Maria Emília outra vez...

Que insensatez


Meu pH tá alto
Hemoglobina ta virando um caldo
A queratina ta virando asfalto
Acho que vou me liquefazer

Eu chorei
Uma lágrima colorida
Que um aparelho me indica...

É veneno mortal !



Da veia poética do Mocorongo também tínhamos:

Simplesmente viver e somente viver
não há quem leve esta vida
E você vem querer vem querer me dizer
que está de bem com a vida...

Tente entender
que amar eternamente
é ter, na mente
ternamente
amor.
Amar eternamente
é ter
éter na mente
eternamente
amor...

4 comentários:

  1. Ele gravou um CD? Desta música? Tem jeito de conseguir uma cópia? A gente pode colocar o link na internet! Ficou super legal, Suspiro!
    Nina

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  2. Ele me deu o CD Nina ,só que não sei como fazer isso .Vou mandar uma mensagem para ele,com cópia para voces.viajo amanhã-outro Feriado !!Senão depois aranjo um jeito de encontrá-lo.Trabalha perto de minha casa e inclusive disse que gostaria de ir á nossa FESTA.Afinal como falou o Suspiro se formou conosco também,apesar de ter entrado antes.

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  3. Vou ver se consigo arrumar isso com ele.aliás o CD tenho,mas não sei salvar,posso pedir para alguém fazer isso.Vou mandar uma mensagem para ele com cópia para voces dois.Ele vai ficar muito feliz!!Falou que queria á nossa Festa,pois formou -se conosco!!Apesar de ter entrado antes.
    Acho que podemos disponibilizarmos várias coisas já!!Prá irmos nos preparando e curtindo bastante!!

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  4. Grande Suspiro! Parabéns pelo Blog! É muito bom lembrarmos dos velhos tempos de rivalidade Tipo Zero x Lesma Lerda (Prá quem não se lembra, as repúblicas eram vizinhas na Rua João Sampaio) De vez em quando, o pau comia! Mas ninguém deixou de ser amigo. Foi legal você lembrar do Mocô (Por onde ele anda?) Eu me lembro que ele fez Fundamentos da Físico-Química comigo (tinha levado não sei quantos paus). Os Mestres eram o Nadir da Glória (encontro frequentemente com ele e o André na usina) e o Bergamin. Íamos juntos assistir às aulas, o Mocorongo dava carona para mim na sua famosa Mobilete.
    Eu me recordo daquela vez, era um sábado, que ficamos com o Mocorongo em frente à Lesma Lerda, ele tocando violão e cantando, e todos bebendo cachaça. Já era noite, e resolvemos fazer uma chispada em volta do quarteirão. Acontece que nossa noção de horário estava um pouco adiantada por causa da cachaça, achávamos que já era de madrugada. Quando passamos todos pelados pela Padaria Independência, qual não foi nossa surpresa: o local, que também era uma espécie de point para os nativos, estava cheio de gente! Terminamos o percurso rapidinho. Cada um foi para sua república, trancou a porta, desligou a TV da sala, e apagou as luzes. Não deu outra! Em menos de 5 minutos a PM estava tocando a campainha. Prudentemente, ninguém atendeu pois "já estávamos dormindo". No dia seguinte, fui até o Empório do Guido Sampaio, e foi aquele falatório na cabeça!
    Um grande abraço do Sapo.

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